domingo, 13 de junho de 2010

DIA SETE - Meu texto



A verdade sobre o aquele aluno novo da escola.
Escrevendo certo por linhas tortas


No intervalo o avistei de longe, alto de olhos claros, cabelos brilhantes e pretos, aluno novo da escola. Até que era bonitinho, tá tudo bem vou parar de ser irônica, ele não era bonitinho ele era lindo, mas a galera gostava dele porque ele era diferente de todos. Fui falar para Kelly, minha amiga sobre o garoto novo.

- Kelly, ele é lindo! – eu disse a ela com um forte entusiasmo.

- É sim Emily, mas ele é meu (risos).

- (risos) Tudo bem amiga. (risos)
Depois disso fomos ao refeitório pois já era hora do almoço. Desci as escadas e me dirigi ao balcão.
- Salada, filé e um suco de limão, por favor. – pedi a tia da cantina. Ela me deu e então ao receber virei depressa para ir sentar junto com a Kelly, mas quando me virei, Bruno estava bem atrás de mim e derrubei tudo em cima dele.

- Nossa desculpa, não tinha te visto. – disse fingindo que nem sabia ao menos quem ele era

- Não foi nada, afinal um suco de limão com salada fica bom em qualquer lugar, até na minha roupa (risos), mas me diz, qual é seu nome? – disse ele.

- Emily – eu disse. E então fomos juntos para o pátio já que meu almoço foi para o brejo. Conversamos sobre varias coisas até fiquei sabendo que ele tinha sido transferido de nova York para o Brasil porque sua mãe, Lurdes, havia mudado de emprego e então decidiram morar aqui. Naqueles minutos de conversa, ele me deu um caderno que ele havia comprado em nova York e me disse que um dia eu precisaria daquele caderno. Não entendi o motivo, mas aceitei do mesmo jeito.

Semanas se passaram e nunca mais o vi na escola. Sim, Bruno havia desaparecido do mapa literalmente. Um único dia de aula foi o que ele compareceu, e depois disso nunca mais. Procurei-o em todos os lugares, perguntei para amigos, professores e até para diretora, mas ninguém sabia onde ele estava.

A casa em que ele morava havia sido demolida e seu celular sempre estava em caixa postal. Nenhum sinal de existência, nenhuma pista. Fui para casa e no meu quarto comecei a chorar.

Peguei o caderno que ele havia me dado e notei que a ultima folha não estava em branco e nela tinha o seguinte recado. “Emily, não sou de nova York muito menos esse caderno é de lá. Minha mãe não se chama Lurdes e eu não me mudei por causa do seu emprego, mude porque meu avô esta muito doente e quis ficar junto a ela. Fui errado e me arrependo, mas agora é tarde perdi ele e perdi você fingindo que tudo estava bem, me ligue se quiser. Beijos Bruno”.

Talvez ele não seja apenas um garoto bonito, e por mais de ter tentado enganar todos com suas mentiras eu sei o que ele é e pode acreditar, ele é completamente verdadeiro, pois suas mentiras não são falsas e sim obscuras.

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